Cantos Gregorianos - Salmos

sábado, 10 de maio de 2014

Deserto


« Cristo, Palavra do Pai, por mediação do Espírito Santo, elegeu desde o princípio alguns homens, a quem levou à solidão para uni-los a si em íntimo amor. »

Na solidão sai à superfície tudo o que somos. Todas as mesquinharias que deixamos introduzir-se aparecem com clareza, todo o mau que há em nós fica patente. Descobrimos nossa própria miséria, nossa profunda debilidade, nossa absoluta impotência.

"Aqui nos voltamos vulneráveis; não há escapatória. Não há distração que amorteça, nem desculpa que dispense. É impossível evitar o cara a cara com a realidade que somos nós, retirar os olhos desta miséria sem remédio que nos deixa totalmente nus."
Aqui se desmoronam as falsas construções, todos esses muros que levantamos para proteger-nos, porque quem poderá dizer com quanta freqüência procuramos enganar-nos, tanto ou mais do que aos demais?
« Deus resiste aos soberbos e dá sua graça aos humildes » 1Pe 5,5
O deserto é um fogo purificador.
Na solidão sai à superfície tudo o que somos. Todas as mesquinharias que deixamos introduzir-se aparecem com clareza, todo o mau que há em nós fica patente. Descobrimos nossa própria miséria, nossa profunda debilidade, nossa absoluta impotência.


"É aí onde Deus nos espera, porque não se pode encher mais do que um recipiente vazio e se Ele nos quer encher de Si mesmo deve primeiro despojar-nos de tudo o que nos estorva. Par realizar um trabalho infinitamente delicado, o Artista divino tem necessidade de um material sem resistência. Então sua mão saberá suscitar de nossa miséria verdadeiras maravilhas que permanecerão ocultas a nossos olhos. Toda nossa alegria consistirá em deixar-nos transformar por Aquele que leva por nome: Amor."





Nenhum comentário:

Postar um comentário