“Felizes os que não viram e creram” (João 20.29)
O santo padroeiro desta era de dúvida é o apóstolo Tomé. Nós
o chamamos solidariamente, quase carinhosamente, de “Tomé, o Incrédulo”.
Consideremos a sua peregrinação.
- Tomé,
o ausente. No dia de Páscoa, ao fim da tarde, por uma razão qualquer, Tomé
estava ausente e por isso perdeu a bênção de ver o Senhor ressuscitado.
Ser frequentador irregular da igreja é um risco calculado. Porém, no
domingo seguinte ele estava de volta ao seu
lugar e recebeu a bênção que perdera no primeiro domingo! - Tomé, o cético. Quando os outros discípulos disseram a Tomé que tinham visto o Senhor, ele deveria ter acreditado neles. Na verdade, Jesus reprovou Tomé e abençoou aqueles que creram sem ter visto. Passamos a crer em algo de duas maneiras principais. A primeira é por meio de nossa própria investigação empírica; a segunda é por aceitarmos o depoimento de testemunhas confiáveis. Assim, quando os outros discípulos disseram: “Vimos o Senhor” (v. 25), Tomé deveria ter crido neles, uma vez que sabia que eram testemunhas honestas e sóbrias. Se todas as pessoas hoje insistissem em ver e tocar o Senhor ressurreto, não haveria crentes. Ao contrário, milhões têm abraçado a fé com base no testemunho daqueles que o viram e tocaram. A razoabilidade da fé depende da credibilidade das testemunhas.
- Tomé, o crente. Tomé não apenas creu, como adorou, dizendo: ”Meu Senhor e meu Deus” (v. 28). A tradição acrescenta que mais tarde ele foi para a Pérsia e para a Índia como missionário. Cristãos indianos afirmam que ele plantou a igreja em Kerala e foi martirizado em Madras.
O fundamento da fé cristã ainda é o testemunho ocular dos
apóstolos. Cremos em Jesus Cristo hoje não porque o vimos, mas porque eles
viram. Daí a importância vital do Novo Testamento, que contém o testemunho dos
apóstolos. Eles nos dizem por escrito aquilo que primeiro comunicaram
verbalmente a Tomé: “Vimos o Senhor”.
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