Renúncias e Provações
“Como um Fundidor que purifica a
prata” ( Malaquias 3,3):
“Ele é como o fogo do
fundidor e como a lixívia das lavadeiras. Ele sentar-se-á como o fundidor,
como alguém que purifica a prata”
Fonte desconhecida francesa.
Cf. verso/capa de “Communio” ed.
port (nov.dez. 1982.)
“Certa vez um padre interrogou um
fundidor de metais a respeito dessas palavras. Sem lhe explicar o porquê de
suas perguntas, indagou quais seriam as etapas sucessivas na purificação da
prata.
- “Você precisa
mesmo sentar-se para trabalhar?
- “Sim, respondeu ele,
eu tenho de me assentar para observar constantemente a prata no fogo, pois,
ainda que sejam alguns segundos, se for ultrapassado o tempo exato, a
prata se deteriorará”.
Que verdade, que beleza, nos
revela então a palavra do profeta Malaquias !
“Ele se assentou como um
fundidor, como alguém que purifica a prata”.
Cristo vê que seus filhos foram
colocados também no forno de sofrimento, mas ele se senta ao lado, e seus olhos
os acompanham incessantemente, nesse processo de purificação, enquanto sua
sabedoria e seu amor enviam todas as graças de que precisam.
E o padre voltou a perguntar:
- “e como você percebe
aquele momento em que deve tirar a prata do fogo”?
Respondeu o fundidor:
- “não há sinal seguro para se
reconhecer o momento em que a purificação chega a termo”. Este ocorre, sim, mas
só sabemos o momento exato quando se consegue contemplar, na superfície da
prata, a nossa própria face”.
Grandiosa comparação! Quando
Cristo pode contemplar sua divina imagem presente em nossa alma, então a
purificação está consumada e Ele poderá nos chamar para as núpcias
celestes !
* AT - “Deus prova o seu
servo”
AT - prova ou tentação :
corresponde ao hebraico: massah (Ex 17,7; Sl 95,7-11)
que no grego: peirasmos
- peirazei&n
ou ainda: dokimazein
significando a ação com a qual
se procura ressaltar, por meio de uma prova, a qualidade de uma coisa; do que é
capaz, qual é o seu verdadeiro valor, virtudes e defeitos. Significa pois “por
à prova para um exame, experimetar, educar.
BDTB - O Deus
do deserto
p.412. Desde o tempo das
peregrinações de Israel no deserto do Sinai, as experiências religiosas de
provas da fidelidade a Yaveh assinalam freqüentemente o caminho do povo de
Deus. O “deserto” não é apenas um lugar e um tempo, mas ainda um tipo de encontro
com Deus, da parte de Israel. Os termos bíblicos evocativos são mais
‘teológicos’ que geográficos. Fala-se de fato de Massa (tentação, prova,
verificação) e Meriba (contestação, rebelião, protesto). O Deus que tenta o seu
povo e o homem ! Tal é o aspecto de Deus freqüentemente indicado e manifestado
pela revelação bíblica: um dos capítulos mais misterioros e apaixonantes da
teologia hebraico-cristã sobre Yaveh do AT e o Abbá do NT.
Deus de Massa e Meriba. A
revelação de Deus se manifesta no meio da Torá (Ensinamento) como diretivas
para a vida do povo de Deus. Os acontecimentos de Massa e Meriba aparecem
registrados, diversas vezes e repetidos, nos 5 livros primeiros da Biblia:
Ex 15,22 - 18,27
Nm 11 - 14; 20 - 25
Dt 1,6 - 4,8 etc.
Os redatores repetem freqüentemente
a expressão “Deus tentou.. a Israel” : Ex 15,25; 16,4; 20,20; Dt 8,2.16; 13,4
Também se refere a Israel como
aquele que tenta a Deus : Ex 17,2.7; Nm 14,2, mas, não deixa de parecer mais
misteriosa a primeira fórmula, haja vista o recurso de diminuir este
“escândalo’ substituindo Deus por Satã 1Cr 21,1
Também o primeiro chamado por
Deus, Abrãao, não foi poupado Gn 22,1 e aqui é que ser deverá buscar talvez um
provável significado de tal manifestação divina:
Ele chama para o deserto, ele
mesmo que fez Israel sair do Egito (Ex 20,2) faz também atravessar o deserto para tentar
o seu povo:
Dt 8, 2-5: “Recordar-te-ás de
todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto esses quarenta
anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração,
se guardavas ou não os seus mandamentos. Ele te humilhou e tee deixou ter fome
e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheciam,
para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede
da boca do (Deus) Senhor, disso viverá o homem.
Nunca envelheceu a tua veste
sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos.
Sabe, pois, no teu coração que,
como um homem disciplina o seu filho, assim te disciplina o Senhor teu Deus”
A provação faz parte da pedagogia
de Deus para com o seu servo (Exodo, deserto) para a educação da fé e na
fidelidade à Aliança, purificando-a de toda falsa confiança e esperança.
O Deus que tenta é o Senhor da
história; e no tempo da tentação se revela com um rosto e com um nome !.
Outra grande prova como
‘experiência de deserto’ em que Deus põe à prova o seu povo, foi o exílio.
Israel aprende a buscar um dio maior e mais misteriosos da sua
religiosidade, um Deus que suscita ‘porquês’ e que permanecem por longo tempo
sem resposta. Suscitam assim uma purificação as seguranças e confianças
superficiais. Tema frequente nos profetas: Lam; Is 58,1-3; Ab 1,2-44.12-17; Ml
1,2-5; 2,17-3,5; 3,13-18.
O encontro misterioso e muitas
vezes desconcertante com Deus volta também nos livros de sabedoria, onde
nenhuma formulação teológica, nenhuma síntese do seu mistério será adequada
para expliar as surpresas desconcertantes na história e na vida humana. Cf.
especialmente Jó e Qohelet. A experiência comunitária ou pessoal das ‘provas’
aparece frequentemente nos Salmos, como orações de súplica, de socorro, etc
onde o sofrimento será o fogo purificador para que a esperança seja colocada
somente no Senhor, o único que salva e pode confortar na existência. Cf. Jd 8,
21-27; Si 2,1-2
* No Novo Testamento,
as mesmas palavras gregas da LXX são usadas: peirazein, dokimazein.
Mas ainda aparecem outros conceitos exprimindo a mesma experiência, com
diversas nuances diferentes: perseguição (diogismoV ), tribulação (qliyiV),
ansiedades, preocupações (merijmna).
O contexto neo-testamentário
destes termos é a Parábola do Semeador: Mt 13, 3-23; Lc 8,5-15. Cf.
BChII #129
A tribulação (tlipsis) designa as
perturbações e sofrimentos dos últimos tempos.
A perseguição (dioguismos) é que
viveu a Igreja, desde os seus primeiros dias.
A provação (peirasmós) é um termo
mais geral, aplicado por Lucas à vida cristâ mais comum do que a dos mártires
ou dos cristãos dos últimostempos, preparando sua pregação sobre a paciência
(Lc 8,15) (cf. final, texto de L.Cerfaux)
Spicq “Vida Cristiana”
p.121:
1. peirazein muito
raro no grego profano.. Os LXX traduzem assim o verbo nasah, significando: por
à prova, tentar. O substantivo peirasmós, corresponde a ‘massah’. Trata-se de
fazer ressaltar,por à prova as qualidades de um ser, do que é capaz, qual é o
seu verdadeiro valor, suas virtudes ou seus defeitos. Se Deus ‘põe à prova’ ou
‘tenta’ os seus fieis, entende-se como para examinar, experimentar, verificar,
que é frequentemente sinónimo de ‘dokimazein’ (Sl 26,2; Si 2,1.5; 1Re 10,1 - a
Rainha de Sabá cf. 2 Par 9,1; Dn 1,12; 2Cor 13,5).
p.123 A prova-tentação é um
elemento da pedagogia divina, reservao ao povo amado e escolhido, como uma
misericódia associada às obras de poder e aos auxílios milagrosos: Dt 4,34;
7,19; Dt 8,2-3; 4-5; Sb11,9-10
O efeito benéfico da prova está
patente me Jz 2,21-22; 3,1.4; 2Par 32,31: “Deus abandonou a Ezequias, para
prová-lo, com o fim de saber tudo o que havia em seu coração”. Jd 8,25: “Demos
graças ao Senhor nosso Deus, que nos põe à prova assim como nossos pais
cf. também S.Lyonnet, Le sens de
peirasmós em Sap 2,24, Biblica (1958)27-36
Spicq, TMNT, I p.222s: “As
provações são elemento normal da vida do justo. Do primeiro homem até ao
Cristo, a quem o demônio tentou fazer entrar em um caminho onde o reino
messiânico temporal ou carnal não poderia abolir a escravidão do pecado (Mt
4,3-11; Lc 11,1-13).
Após Massa (Ex 17,7/ Sç 95. 7-11)
“tentar” significa: fazer uma tentativa, uma experiência na intenção de
esclarecer um dado desconhecido ou dissipar uma dúvida”.
1Sm 18,39; Jz 6,39. Ecl 2,1;
7,23; Ex 16,4; Jó 4,2.
Toda peregrinação ou êxodo está
submetido à experiência do peirasmós, tanto em regime cristão, como na época da
geração do deserto: 1Cor 10,6-11;
Hb 3,7- 4,10 (cf.C.Spicq, Comm,in
Hb p.272s)
1Pd 4, 12 “Caros reverendos, vós
que passais pela fornalha da tentação, não fiqueis surpresos como se vos
acontecesse algo coisa de extraordinário”. É um axioma constante: “quem se põe
a servir a Deus deverá saber que será tentado e provado. Cf. Si 2,1; 33,1; Sy
20,19; 14,22; !Ts 3,4; 2Tm 3,12;
Segundo Hb 2,18; 4,15 o Grande
Pontífice aprendeu, por sua experiência do combate singular com Satanás e o
conhecimento da miséria humana, a virtude da compaixão, que o tornou apto a
socorrer os seus irmãos na humanidade, sempre tentados.cf. Lc 22,28; 1Pd
4,12-13 Neste sentido, ela faz parte da experiência da Fé.
“Que o peirasmós nassa da
concupiscência (2), do próximo que nos prepara ciladas (3), tribulações da existência
(4), do demônio (5), é Deus que é responsável: pois Ele permite a ocasião,
vigia o andamento, dá sua graça para que ela chegue a um feliz resultado. A
tentação é, ao mesmo tempo, uma sondagem ou uma averiguação dos sentimentos
mais secretos (6), uma purificação da alma (7) que afina suas opções e consente
a renunciar-se, ocasião e instrumento para se adquirir o aperfeiçoamento moral.
É graças ao peirasmós que o homem conhece sua própria fraqueza e conserva a
humildade, que ele se torna compreensivo e misericordioso diante das faltas do
seu próximo (Dt 8,2.16; At 20,19; Gl 6,1), que renova o seu fervor e descobre o
sentido da imploração (Mt 26,41), que espera, por fim, a maturidade religiosa e
moral: peritus, é perfeito e realizado (Tg 1,3-4). Não somente passou pela
prova da sua fidelidade (Ex 20,20), mas ganhou novo valor (1Pd 1,7) e uma
maravilhosa segurança para o dia do julgamento. Na verdade, a tentação
vitoriosamente suportada é uma bem-aventurança que torna digno para o Reino de
Deus e assegura a coroa da vida (Tg 1,20).
Nota (2) Tg 1,14; 1Tm 6,9;
Nota (3) Mt 19,3; 23,18 (cf. 1Re
10,1; Dn 1,12-14; Sl 35,16) A fraqueza do pregador do Evangelho é uma provação
para a fé dos Gálatas p(Gl 4,14)
Nota (4) Tg 1,12; 2Tm 2,15; 1Pd
1,6; Ecl 4,8.
Nota (5) O “Tentador” (o
peirazwn) é uma designação de Satan (mt 4,3; 1Co 7,5;
1Ts 3,5; Ap 2,10)
Nota (6) peiraszein, no sentido
de examinar em visto de um discernimento cf. Si 37,27; Ap 2,2. – verificar um
uso, experimentar a fundo. Por à prova para verificar o que é bom ou mal em
qualquer coisa, ou pessoa. Cf. Mt 16,1; Jo 6,6. Sb 2,24
Nesse sentido, Deus tenta o homem
para conhecer sua sinceridade e do que ele é capaz.
Ex 16,4; 15,25; Dt 8,2.16; 13,4;
Jz 2,22; Jd 8,26.
Foi tentado e encontrado fiel:
Abraão Gn 22,1; Si 44,20; 1Mc 2,52; Hb 11,17
(7) Purificação da alma. Si 4,17;
assim como fogo permite eliminar as escórias e pourificar os metais preciosos
Ap 3,18; sl 12,7 Deus faz o seu servo passar pelo criso da Tentação e o
purifica: Jó 23,10; Sl 26,2; 66,10; Zc 13,9; Ml 3,2-3; Dn 12,10 Sb 3,5-6; Si
2,5.
Le croyant tenté (o
periazomeinos) Tg 1,13 torna-se purificado (dokimoV genomenoV
) v,12 cf, 2Tm 2,15, e por conseguinte,verificado e aprovado.
Dokimazein: Rm 14,22; Si 42,8;
sinónimo de axion, 1Ts 2,4.
Sendo submetidos à prova: Tg 1,3;
1Pd 1,7; 2Co 8,8; 13,5; e foi digno de ser recebido ou aceito: 1Co 9,27; 2Tm
3,8; Tt 1,16.
Na linguagem de hoje, a Tentação
é um “teste” Hb 3,9; Lc 14,19
Dokimé: é o caráter de aprovação
concedida da fé ( 2Co 2,9; Fl 2,22. Il faut que celle ci (la foi) ait traversé
bien des tribulations pour ne pas être abattue, découragé, scandalilsée par les
silences de Dieu et l’apparente victoire du mal. La probation de la Foi est
l’une des plus belles réussites de la pédagogie providentielle (Sb 11,9) e a
honra do cristão: 1 Pd 1,7; 2Tm 4,7
2. dokimazein - dokimh
cf G.Thérrien, Le
Discernement..p.154-164
157 A constância produz a
“fidelidade provada” (dokimh)
A dokimh não uma nova virtude,
mas a própria Fé após ter sido provada pela tribulação e mais firmemente
voltada agora para “aquele que tendo feito a promessa , tem o poder de
cumpri-la. Paulo descreve a atitude global deste ‘fiel’ que caminha alegremente
para a glória, no meio e através das tribulações. A dokimé de Rm 3,4 “para que
sejas tido por justo nas tuas palavras e venças quando fores experimentado” (Sl
115,11) e a dokimh thV pistewV de Tg 1,3 e de 1Pd 1,7 são uma só e mesma coisa:
a fidelidade provada, a parte purificada e autêntica da fé. Através das
provações o Senhor purifica a fé das suas escórias que são as falsas esperanças
e produz “o efeito autêntico” de onde nasce a verdadeira esperança.
p.158 A fé provada produz a
esperança que não decepciona (katascunein). Esta fé que resistiu, que suportou
a prova e recebeu, por assim dizer, a divina aprovação, explicita sua
orientação escatológica na esperança que não decepciona.
Tg 1,2-4: “Meus
irmãos, tende por motivo de grande alegria o serdes submetidos a múltiplas
provações (peirasmoiV), pois sabeis que a vossa fé, bem provada (to dokimion
umwn thV pistewV) leva à paciência-perseverante(upomonhn), mas é preciso que a
perseverança produza uma obra perfeita, a fim de serdes pefeitos e íntegros sem
nenhuma deficiência”.
1Pd 1,7 “Nisso
deveis alegrar-vos, ainda que agora, se necessário, sejais contristados por um
pouco de tempo, em virtude de várias provações (poikiloiV peirasmoiV), a fim de
que o ouro que perece, cuja genuidade é provada pelo fogo (dia puros de
dokimazomenou), alcance louvor, glória e honra por ocasião da Revelação de
Jesus Cristo”.
A dokimh é um dos elementos da
parenese primitiva, associada ao batismo que nos introduz em uma Igreja
continuamente em luta com as tribulações, mas sempre alegre e dinâmica. Ela é a
fé purificada pelas tribulações e carregando orgulhosamente a aprovação divina.
Ela é a esperança alegre, não simplesmente se ocupando com a contemplação da
glória futura, mas sim comprometida no tempo presente e ultrapassando
vitoriosamente as provações.
dokimoi São os que permanecem
firmes ao Cristo e não aderem ....provocados pelos que agem orientados às
coisas do mundo.
A fé é comprovada pela vida,
quando conduzida na obediência à vontade de Deus, como diz 2Cor 13,5-7:
examinai-vos vós mesmos e vede se estais na fé; provai-vos. Ou não reconheceis
que Jesus Cristo está em vós? A menos que não sejais reprovados no exame.
Espero reconheçais que somos aprovados (gnwsesqe oti hmeis ouk esmen adokimoi)
cf. Rm 1,28. Se a vida cristã se desenvolve sob o olhar escrutador de
Deus, a ética é toda informada pelo conceito de “prova”. Os cristãos são
exortados a uma dúplice prova:
a) devem discernir qual
seja a vontade de Deus, para realizá-la, adquirindo conhecimento peloa
transformação da sua mente cf.Rm 12,2 Paulo ora neste fim Fl 1,10:
diaferonta: o que tem importância
em toda a situação
euareston : o que é agradável ao
Senhor, cf. Ef 5,10. Deste modo o agir é retirado da insignificância do
arbítrio humano e recolado na seriedade do juizo de Deus
b) O cristão é também
convidade a examinar-se a si mesmo ; eautois dokimazete (2Cor 13,5; Gl 6,4)
c) Exoratados também a
avaliar o próprio tempo em que vivem, para que seja a História de Deus: Lc
12,56 ton kairon de touton pws ou dokimazete;
d) São Paulo mostra
frequentemente, de que maneira os cristãos devem ser “provados, para serem
aprovados” para o exercício dos seus ministérios eclesiais ou de suas funções
na comunidade. 1Ts 2,3-4 dedokimasmeqa: (perfeito ind. voz passiva) ‘fomos
julgados aptos (aprovados) por Deus; 1Tm 3,10 : primeiramente sejam
experimentados e depois, se forem irrepreensíveis, exerçam o seu
minstério; Tg 1,2-4. 12; 1Pd 1,6; 2Cor 8,22; 1Cor 16,3.
3. diogismos - perseguição
cf.Jo 15,20: lembrai-vos da
palavra que eu vos disse: não é o servo maior que o seu Senhor. Se perseguiram
a mim (oi eme ediwxan) também perseguirão a vós
(kai
umas diwxousin).
Mc 10,28-30 Ninguem há que tenha
deixado casa, irmão.. por causa de mim, e que não receba, já ..cem vezes mais
filhos e terras com perseguições, e no mundo futuro a vida eterna.
Mt 5,11 a Bem aventurança dos
perseguidos
At 5,41 Os apóstolos se alegram
por sofrerem perseguições e sofrimentos por causa de Cristo.
4. QliyiV - qlizein
- tribulação - aflição: cf. Spicq TMNT,I. 337
É o período, tempo do mundo de
grandes comoções e convulsões, até à inauguração do mundo novo cf.Hb 12,26-28
- Os fieis seguemm por um caminho estreito Mt 7,14: thlizein: apertar (presser, serrer) comprimir Mc 3,9
- qlizomenoi os que estão em situação de aperto: 2Cor 4,8 os miseráveis, os pobres, aflitos: 1Tm 5,10; Hb 11,37; Tg 1,27
- O Senhor predisse que teriam que viver na tribulação e opressão: Jo 16,39 en tw kosmw qliyin ecete. Jo 16,21; At 7,10s se aproxima, do ponto de vista psicológico do “serrementde coeur” 2Cor 2,4; ansiedade 2Cor 6,4; Rm 8,35. Significa também um sofrimento que faz passar por necessidades: anagkh: 1Ts 3,7; 1Cor 7,26; 2Cor 6,4.
- Na proximidade do retorno do Senhor esta tribulação aumentará: ‘a grande tribulação’ ( qliyiV mhgalh) Mt 24.9.21; 29,30; Ap 7,14
- O motivo é claro: o discípulo sofre com e para o seu Mestre que também sofreu toda espécie de aflições e perseguiçoe Jo 15,20; Cl 1,24;
- Os Apóstolos assim se apresentam: 1Pd 5,1: testes passionis; e São Paulo diz que suas tribulações autenticam o seu apostolado 2Cor 1,4.6.8; 6,4; 7,5; Ef 3,13; Fl 1,14; Cl 1,24. João toma-o como título de glória Ap 1,9 e os que assim vivem continuamente, têm um preságio certo de salvação: 1Ts 1,6; 2Ts 1,7; Ap 1,7; Fl 1,28
- Pode-se dizer que existe um princípio fundamental para a vida do cristão, At 14,22: “é por muitas tribulações que se deve entrar no Reino de Deus: dia pollwn qliyewn dei hmas eiselqein eis ten basilhian tou qeou. At 20,23; 2Tm 3,12; 1Ts 3,4 aparece a necessidade e a certeza.; Ap 2,10: 7,13s.
- Consequência negativa: a thlipsis faz oscilar 1Ts 3,2s, desfalecer Lc 22,32 e até decair: 2Pd 3,17. Por este motivo há necessidade que sejam encorajados e confirmados para manterem suas boas resoluções Rm 1,11; At 14,22; 15,32.41
5. Merijmna -
preocupações, ansiedades, inquietações, ansiedades,etc.
cf. Willian Johnston, La
Mystique Retrouvée, Desclée de Br.Paris, 1984, p.69s
Leurs (enfants d’Israël dans le
desert) murmures sont l’expression de ce que nous nommons aujourd’hui
inquietude. Ils s’inquiètent pour leur avenir, pour leurs épouses et leurs
enfants et leur inqui´tude les incite à se détourner de Dieu.
Nous savons que le demon de
l’inquiétude est l’un des monstres les plus insidieux de la psyché moderne.
Indépendamment de l’inquiétude consciente en ce qui concerne hier et demain, il
existe une inquiétude inconsciente qui peut devenir contraignante et conduire à
l’alcoolisme, à la toxicomanie, à la débauche, à la soif du pouvoir, et mème à
l’autodestruction. Elle peut inciter certains individus à manipulaer et à
expliter leus semblables non par haine mais par désier forcené de faire leurs
preuves et de soulager leurs csraintes intimes. Elle peut chaesser la foi.
Consumés par l’inquiétude, nous ne pouvons croiire que Dieu nous aime e nous
protège. Nous agissons comme si tout dépendait de nous; nous sommespratiquement
athées. C’est pourquoi l’Évangile attribue constamment l’inquiétude à un manque
de foi: “Pourquoi nous inquiéter ...Ó homme de peu de foi? (Mt 6,28).
cf. W.Barclay, Palavras
Chaves do NT p.140-144
Significado: cuidado, pensamento,
ansiedade; do verbo merimnaw preocupar-se com algo, estar
ansioso por alguma coisa.
Pode-se dizer que da compreensão
desta expressão depende a totalidade da nossa atitude cristã para com a vida e
o viver.
No Grego clássico a
palavra pode ter os dois sentidos: preocupações positivas e negativas.
No NT Mt 13,
22 (Mc 4,19; Lc 8,14) cuidados do mundo que sufocam a boa semente da palavra.
Lc 21,34 a vinda de Cristo não
nos deve apanhar envolvidos com a orgia, embriaguês e as preocupações (
merimnai Biwtikais) deste mundo
1Pd 5,7: é preciso lançar fora
toda a ansiedade em Deus
2Co 11,28 Paulo carrega o fardo
da preocupação por todas as igrejas
As preocupações também são
condenadas por Jesus no Sermão da Montanha:
Mt 6,25: não andeis cuidadosos
(anciosos, preocupados: mh merimnate
27.28 por que andais com cuidados
?
31: não andeis inquietos
34: não vos inquieteis pelo
amanhã mh merimnate eis thn aurion : Aqui trata-se de um
mandamento de Jesus - que afeta toda a nossa atitude para com a vida.
Outros usos importantes da
palavra: Lc 10,41: Marta se preocupa e se perturba (qorubazh peri polla)
Lc 12,11 os discípulos não devem
se preocupar com as acusações formais contra eles
1Cor 7,32-34 São Paulo recomenda
para as virgens o não casar-se, para que possam permanecer “não-divididos”
cuidando das coisas que pertencem ao Senhor. Os casados cuidam das coisas do
mundo e de como agradar um ao outro: to auto uper allhlwon merimnwsin.
Fl 4,6: não andeis ansiosos de
coisa alguma
Conclusão: No NT
- a ansiedade errada é a que procede do envolvimento demasiado nos negócios do mundo, não deixando tempo para as coisas eternas. Isto pode acontecer mesmo em relação às coisas boas, aos verdadeiros bens eternos (o ótimo pode ser inimigo do bom)
- a preocupação com o futuro é sempre errada, pois tira a confiança em Deus, que cuida de todas as coisas Mt 6,25.26.28.30. É também errada por ser inútil, pois não pode agir nem realizar nada (Mt 6,27). É também irreligiosa Mt 6,32, pois antecipa o problema que, quando presente, terá a proteção de Deus. Esta preocupação prejudica o homem, incapacitando-o a enfrentar os problemas quando realmente chegam. Também é errada porque gasta energias em coisas não essenciais. Marta foi criticada não porque preparasse o necessário, mas porque deixou-se envolver e angustiar-se demais com o que não era o mais urgente no momento (a presença e as palavras de Jesus - que Maria aproveitou *Lc 10,41.
- A preocupação de como agradar e responder bem às pessoas erradas é falha, quando leva esquecer ou diminuir o modo de agradar a Deus 1Cor 7,22-34. Certa preocupação é justa, mas não aquela que causa desalento e diminui a fé-confiança em Deus. A cura da preocupação é lançar-se a si mesmo e todas as coisas em Deus (1Pd 5,7; Fl 4,6) isto é, o reconhecimento de que não somos abandonados por Deus em nenhuma tribulação . Sempre as enfrentamos com Deus.
- Há um tipo certo de cuidado e preocupação - quando é exercício da caridade, quando devemos olhar primeiramente para as necessidades dos outros. Principalmente dos irmãos na fé e com as comunidades de Cristo (as igrejas).
* Imprtância da atitude
da Paciência-Perseverança à vista do mistério das Provações Upomonh
- Makroqumia.
cf. Lc 8, 15 (a que caiu) na
terra boa, este sunt os que ouvindo a palavra com um coração bom e perfeito,
guarda-na e produzem fruto na paciência (en upomonh).
Segundo L.Cerfaux esta
atitude de ‘paciência’ inclui também a sustinência perseverante através
das provações - segundo Lc 8,13 a terra que não guardou a semente são
aqueles que fraquejam no tempo da provação (oi proV kairon pisteuousin kai en kairw
peirasmou afistantai). Entende-se a prova do deserto (Exodo) e de modo
mais geral, toda provação capaz de verificar e afirmar a fidelidade (dokimazein)
do homem religioso, do qual Abraão é o tipo perfeito.
cf. artigo do Pe.Lucien
Cerfaux: Frutifiez en supportant l’épreuve, RB (1957)
489-491 cf. Arquivo: paciência
* Sentido pedagógico das
provações e sofrimentos
cf.Spicq, Comentaire
sur l’Épitre aux Hebreux
p.391 “Nouveau motif
d’encouragement: le sens providentiel de la souffrance v.7(eis paideia
upomenete) parallèle à v.2 (di upomonhs trecwmen). (le chrétien) doit savoir
qui toute souffrance q’il subit est un témoignabe de l’amour paternel de Dieu.
De même qu’un père corrige son fils poour parfaire son éducation, Dieu nous
châtie, pour notre bien et pour pouvoir se donner à nous davantage. C’est ainsi
que le 40 années de la traversée du désert avaient été présentées par le Dt
comme une épreuve providentielle salutaire, afin fqu’Israel reconnaisse en son
coeur que Yaveh son Dieu l’éuquait comme un Père éduque son enfant... (Dt
8,2-5). La vie sur terre, dans la foi, est celle de la minorité de l’homme. La
sagesse lui demande d’acdepter l’éducation dont il recueillera des fruit
savoureux et permanents... Celui quio n’est pas corrigé, ne reçoit pas
l’éducation divine. Celui que reste inedué n’est pas un fils de Dieu, ne peut
en revendiquer ni le titre, ni les droits (uiós, au sens juridique, par
opposition à téknon).
Les rapports de père a fils..
surtout en Orient, impliquaient avant tout une pédagogie transmise et reçus:
l’élève était le ‘fils’ du Rabbi qui était responsable de sa formation; uiós
est bien le titre du disciple de la sagèsse. C’est le propre du Père
d’instruire son fils pour lui apprendre la vertu et le rendre meilleur (cf.
Ps.Platon, De la Vertu, 377-378c). D’où les équivalences: o agapwn, o
paideuwon, o didasdwn. = Sir 30,1; v.2 e v.3; Pv 13,24. C’est un axiome
de la pédagogie israelite que la correction morale déénd du châtiment
corporel..! Et voila pourquoi la providence paternelle de Dieu envoie des
épreuves et des peines aux hommes pour le retirer du péché et les faire grandir
en vertu. L’amour du Père céleste se traduit dans ce mode “d’instruction”.
Por tudo isto melhor se
compreende a exortação de Hb 12,5-13
é preciso: não esquecer, não
negligenciar, não desistir,
v.7 mas, perseverar na educação:
paideian upoménete. “Est la réponse explicite à la question sous-jacent:
pourquoi Dieu nos laisse t’il souffrir ainsi? Si le double sens de paideia ne
permet pas uone traduction satisfaisante (éducation est trop large, correction
trop étroit, le sens est clair: les calamités supoportées par la communauté
chrétienne sont des corrections infigées par Dieu en vue(eis) d’éduquer des
âmes qui lui sont chère. Filiation et corretion paternelles sont correlatives.
Cf. Philon, De congr.erud.gr.
177; Epicteto I,9,7. Seneca, De prov. I,6,7; cf. Pr 3,11-12; Jó 5,17; Sl 94,12
correction,discipline, doctrine, leçon
Jr 2,30; 5,3; 31,18-19; Sb 3,5;
16,10-12; Eclo 2,1-18; Pr 3,1.2ss; 4 todo; Jd 8,27; Sir 18,13; 2Mac 6,12-17
Sto.Agostinho explica ‘paideia’
como: per molestias eruditio (Ennarr.in Ps 128,66).
*Anselmo Gruen – Nossas
próprias sombras
40
Tentações. Complexos. Limitações.
Falando dos demônios os monges
dão reazão à seriedade e multiplicidade do mal contra nós. Não se vence o mal
com um pouquinho de boa vontade. O mal vem até nós como um demônio habilidoso e
com técnicas muito sutis. Se o homem se abre à sua própria realidade, sente-se
atacado e ameaçado pelo abismo e a impenetrabilidade do mal.
Os monges percebem por sua
intuição, com a sua doutrina sobre os demônios, o mecanismo pelo qual nós
projetamos nos outros os nossos próprios desejos e emoções que libertam
coisas e pessoas da prisão. O próximo que nos incomoda não é o culpado, mas o
demônio, que por meio do próximo e da sua conduta impertinente, quer fazer-nos
mal para nos manter em uma emoção negativa.
Fôrça espiritual:
Anjos: nous (espírito)
Homens: epithymia (desejos)
Demônios: thymos (parte emocional
da alma, parte excitável, em que aparecem as emoções veementes: ira, ódio,
inveja.
O demônio se caracteriza pela
confusão e desordem da parte irascível da alma. Para Evágrio a ira é imagem da
essência do demônio.
O ponto de contacto entre a
possibilidade de conhecimento humano e os demônios é a fantasia. Os
demônios excitam a nossa fantasia. No sono, através dos sonhos. Através dos
objetos corporais atuam na nossa fantasia criam representações de coisas
visíveis na alma que unidas à emoção e comoção, como o thymos no fundo do ser,
produzem fortes comoções.
O meio mais comum é o dos maus
pensamentos, que freqüentemente são identificados com eles. A luta contra os
maus pensamentos (carregados de afetividade e não são puramente intelectuais)
é a luta principal contra os
demônios.
Segundo Evágrio os pensamentos
que vêm do demônio contemplam as coisas sempre com paixão e emoção.
São astutos, bloqueiam, mentem e
enganam.
Não podem penetrar no fundo da
alma humana, mas dependem das aparências da conduta e através delas eles
compreendem situação da alma humana. Pela atitude corporal, a voz, os
movimentos.
Eles são imagens dos conteúdos
inconscientes que procuram arrastar o homem para o turbilhão.
Os monges não procuram conhecer
dos demônios, o que são realmente, mas exprimir em sua linguagem mitológica,
realidades psíquicas. Jung procurou como os monges, penetrar nos mesmos
fenômenos que os monges descreveram em suas doutrinas sobre o demônios. A
comparação das duas posições pode ajudar a esclarecer a realidade, que pela
linguagem científica, qur pela mitologia.
Na medida em que os monges
projetam na figura do demônio o conteúdo negativo do inconsciente, criam a
possibilidade de evita-lo. Colocam para fora o inconsciente e o meiam e
assim podem defender-se dele.
Anselmo Grün - O Céu está
dentro de você. Vozes
p.42 Do mesmo
modo Deus conduz os monges ao deserto par ali suportarem a luta com os demônios
e para através da luta, poderem entrar no país da paz, ou seja, no país da
visão de Deus. Para o povo de Israel, o deserto foi simultaneamente um tempo de
tentação e um tempo de glorificação de Deus. Num olhar retrospectivo para a sua
história, o povo de Israel reconheceu no tempo em que esteve no deserto um
tempo privilegiado. Foi o tempo em que Deus afeiçoou-se a Israel e, tomando-o
em seus braços, o atraiu pelos laços do amor(cf. Os 11). E Deus promete a
Israel que haverá de conduzi-lo novamente para o deserto, pára falar-lhe ao
coração. O tempo do deserto será assim um novo tempo de noivado: “Eu o
conduzirei para o deserto e lhe falarei ao coração” (Os 2,16).
Foi assim que os monges
experimentaram o deserto como o lugar em que Deus lhes estava bem próximo. O
lugar onde puderam sentir o amor de Deus de uma maneira mais intensa por não
estarem impedidos por nenhuma sedução mundana.
Contudo, para sentir esta
proximidade de Deus, o monge precisa assumir a luta com os demônios. Esta luta
com os demônios traz consigo muitas tentações. A tentação é o lugar em que o
monge encontra os demônios. Mas é também o lugar e quem o monge à medida que
obtém bons resultados por meio da tentação e ao vencer os demônios, cresce em
virtude e força e em claridade interior.
Para os monges a tentação
pertence essencialmente à sua vida. O patriarca Antão expressa isso da seguinte
maneira: A maior obra do homens é esta: ser capaz de manter seus pecados
diante de Deus e estar preparado para a tentação até o último suspiro”
(Apot.4).
A vida humana é marcada por
conflitos constantes Nós não podemos simplesmente vegetar. Devemos enfrentar os
ataques que a vida eventualmente nos apresentar. E nunca haverá um momento em
que possamos descansar sobre os louros da vitória. As tentações, ao contrário,
haverão de nos acompanhar até o fim da vida. Ainda num outro lugar diz o
patriarca Antão: “Quem não tiver sido tentado não poderá entrar no reino do
Céu. Se suprimires a tentação, ninguém se salvará (Apoft ). Segundo o patriarca
Antão, as tentações são manifestamente uma condição indispensável para se
entrar no reino de céu. É através das tentações que o homem obtém
uma percepção do Deus verdadeiro. Sem tentação homem estaria em
perigo de apoderar-se de Deus e torna-lo inofensivo e inócuo. Pela tentação,
porém o homem experimenta existencialmente a sua distância de Deus, sente a
diferença entre o homem e Deus. O homem permanece em luta constante, enquanto
Deus repousa em si mesmo. Deus é amor absoluto, enquanto o homem é continuamente
tentado pelo maligno.
Os monges vêem as tentações
como plenamente positivas. Um dos patriarcas exprime isso da seguinte maneira:
“Se a arvore não é agitada pelo vento, ela não cresce nem cria raízes. O mesmo
acontece também com o monge, se ele não é tentado e não suporta a tentação, ele
não se torna homem” (N 396).
Em nosso interior há um conflito
entre o bem e o mal, entre o claro e o escuro, entre o amor e o ódio. Pra os
monges, isso é algo absolutamente normal e não é um mau, mas prova e confirma
o ser humano. Talvez hoje em dia preferíssemos dizer: um ser humano assim vive
mais conscientemente, ele está mais ciente de suas regiões sóbrias e conta c om
o fato de continuarem a habitar em seu inconsciente forças que ee ainda não
conhece e que devem ser tratadas por ele com todo o cuidado.
As tentações, assim dizem os
monges, levam-nos ao encontro de nossa humanidade. Elas nos fazem entrar em
contato com as raízes que sustentam o tronco. Colocar-se diante das tentações
significa: confrontar-se com a verdade. Um dos patriarcas expressa-se a este
respeito da seguinte maneira: “Sem as tentações ninguém será santo, pois aquele
que foge do proveito da tentação também foge da vida eterna. Com feito,
tentações há que preparam aos santos as suas coroas” (N 59)
46
A tentação nos aproxima de Deus e faz com que o compreendamos melhor. Ela foi
vista por Isaac de Nínive da seguinte maneira: “Sem tentação não sentiríamos o
cuidado de Deus por nós, não adquiriríamos a confiança nele, não aprenderíamos
a sabedoria do espírito e não se consolidaria na alma o amor de Deus. Antes da
tentação a pessoa reza a Deus como uma pessoa estranha. Porém, após ter
suportado a tentação por amor a ele, sem se deixar transtornar por ela, logo
Deus a considera como alguém que lhe fez um empréstimo e tem o direito a dele
receber juros e como um amigo que por causa dele bateu contra o poder do
inimigo”(Isaac 329).
* Texto de autores sobre
o sentido cristão do sofrimento e das provações
Divo Barsotti, Dieu est
Dieu p.153
“Pour l’homme qui vraiment
chemine vers le Seigneur, il arrivera naturellement et nécessairment que chacun
de ses actes réveillera en lui une certaine exigence de purification
intérieure. Si lagrâce de Dieu vit dans le coeur de l’homme, il n’est pas un
acte humain qui ne soit pour lui exercise de quelque verrtu... La vie ordinaire
de la grâce n’est pas un terme, elle est la condition du cheminement...quand la
grâce grandit, les exigences de Dieu grandissent automatiquement, la nécessité
d’une purification intérieure grandit aussi: elle n’est plus purification du
péché, mais purification de tout ce qui arrête sur le chemin et peut conduire
au péché. Ce qu’il faut faire sur ce chemin de la purification progressive, on
ne peut l’enseigner; la grâce n’exige pas de l’uon ce qu’elle exige de l’autre.
155 Il est toute fois une
purification dont on peut parler comme etant requise de tous ceux qui la grâce
a déjà appelés à répondre à Dieu de manière plus precise et généreuse.
Quiconque veut tendre à la perfection et ne pas remettre à demain l’engagement
d’une sanctification à l’aquelle Dieu l’appelle, est tenu de renoncer a ce que
l’âme sent comme superflu.. (tout ce qui ne l’aide pas directement dans son
cheminement vers le Seigneur).
Écoute (20/07/77)
Provações
Sans chemin, sans eau, sans
vivres: dérison qui engendre vite la revolte. Il est difficle d’admettre que le
salut conduise à l’épreuve, que le salut soit lui même une épreuve.
Si celui qui a été baptisé dans
la mer et nourri par le pain du desert refuse de fixer son regard sur le Sinaï
et de considerer sa vie comme une démarche vers Dieu, il ne lui reste plus que
le dégout et la revolte. Mais, s’il accepte que le Baptême et l’Eucharistie
l’acheminent vers la montagne sainte de Dieu, il trouvera dans les eux amères
et le pain insipide les délices cachées que seul l’Esprit de Dieu peut révéler
à celui qui chamine’.
Agostinho In Isaiam
60,2-3 CSC39,766 (2a leitura do 1o domingo
Quaresma.
“De fato, a nossa vida, enquanto
somos peregrinos na terra não pode estar livre de tentações, e o nosso
aperfeiçoamento realiza-se precisamente através das provações. Ninguém se
conhece a si mesmo se não for provado, ninguém pode receber a coroa se não tiver
vencido, ninguém pode vencer se não combater, e ninguém pode combater se não
tiver inimigos e tentações”.
“O sentido do sofrimento nos é
dado pelo Espírito Santo, para que possamos viver, através do sofrimento, o
chamado para a plenitude da vida”. Écoute (28/05/84)
Besnard, Vie et Combats de la
Foi p.80
Ce qui arrive frequemment, c´est
que Dieu tempère ses épiphanies, les rend plus voilées et plus rares; après
avoir vu la gloire de Dieu comme Isaïe.. le croyant est tenté de murmurer avec
un étonnement douloureux la parole du prophete telle que l´a comprise la
Vulgate: "vraiment tu es un Dieu caché..." (Is 45,13)
Il y a là une
"déception" qui fait partie du drame de la vie da la foi. La façon
dont on réagit à ce sevrage spirituel est aussi décisive pour cette vie de foi
que pour notre vie tout court, de la façon de reagir au sevrage materiel. C´est
à partir de ce moment que notre fidelité va faire ses preuves. Nos fidelités
sont des fidelités dans des bourrasques, disait Péguy: toute fidelité au Dieu
vivant et caché est une fidellité dans des penombres et des bourrasques. C´est
à cette heure que nous montrons si nous avons réellement de la foi.
p.82 La rencontre épiphanique du
Chnrist Seigneur a pour effet certain de nous lancer sur tous les chemins du
monde comme les apôtres l´ont éprouvé, dispersés à toûs les routes par l´Esprit
de la Pentecôte, au risque de toutes tentations, épreuves, ténèbres et
brouillards.
* Thiery Maertens,
Assembléia Cristã, 14a. Sem.TC
Mt 13,1 Parábola do Semeador
“Failure and hostility are not
signs of the weak faith of the missionary or a punishment of hm . On the
contrary, the experience of persecution for the man… is the basis for greater
communion with the Lord and above all with this Spirit – wo is to distinguish
between the wisdon of the servan tand the simplicity of the dove? Who is to
decide the moment when one should flee and when one should withstand?
Only the Spirit or the Wdord can
train the disciple to have at once bothe wisdom and simplicity. When these are
present he can act. It is a matter of purity of heart, clearness of insight,
openness to listen.
Cf. Leon Dufour,
Études d'Évangile, Ed.Seuil, 1965, p.87-89
Étude III. La
Transfiguration de Jésus p.84
p.87-89 Le contexte de
l´épisode.
p.88 Dans la tradition synoptique,
cette montée est jalonées par trois ensembles de péricopes, dont chaque groupe
a, au moins, trois épisodes apparentés.
A sequência dos três anúncios
da Paixão-Morte-Resurreição com a repetição dos dois elementos posteriores:
1. Anúncio= anúncio
do destino de Jesus (prisão, maltratos, crucifixão,morte e
ressurreição)
2. Reações =
reações dos discípulos, após cada anúncio (medo, incompreensão,
etc)
3. Ensinamentos e
aplicações = exige-se dos discípulos aquelas atitudes de aceitação-acolhimento
do sofrimento, da cruz, do mistério da humilhação.
A)
anúncio
B) reações: C) ensinamentos
______________________________________________________________________________
Mt 16,21
-
22-23
24 - 28ss
Mc
8,31
-
32- 33
8,34 - 9,1
Lc
9,22
falta
23 - 27
|
|
Mt
17,22-32
23b+17,24-27 18,1-
4.5
Mc
9,31
32
9,33-36,37
Lc
9,43b-44
45
9,46 – 47.48
|
______________________________________________________________________________
Mt 20,
17-19
20-23
20,24-28
Mc 10,
32-34
35-40
10,41-45
Lc 18,
31-33
34
falta
|
A) annonce du destin de Jésus
B) à cette prophetie fait suite
chaque fois l´incomprhension des disciples
C) toisième épisode qui, chaque
fois applique aux disciples l´annonce du sort du Fils de l´homme. Telle est la
trame sur l´aquelle la tradition synoptique a déssiné la montée à Jerusalem
Dans chacune de ces trois
séquences, qu´il s´agisse du destin exemplaire du Maître ou du sort des
disciples, le mystère est presenté avec ses deux faces, ténébreuse et
glorieuse.
90
Comment lever le scandale ? en montrant comment le depaiser: c´est la
seule voie de ses disciples. Mt 16,21 ; 17,23 ; 20,19
Mais le Père peut faire
entrevoir la réponse et, avant l´évenement pascal donner à trois disciples
privilegiés de contempler en un instant fugitif, la gloire même de son Fils
Cette expérience n´est elle pas
mysterieusement annoncée dans le verset qui fait la transition entre
l´enseignement sur la necessaire compassion avec Jesus et l`episode de la
Transfiguration ? En vérité... (Mt 15,28 ; Mc 9,1) Jesus promet un
avant goût par la vision antécipé de la gloire du Fils de l´homme. Les
Synoptiques ont tous vu dans cette parole enigmatique l´annonce immediate de la
Transfiguration..
cf. A.Feuillet “Les perspectives
propres à chaque évangeliste dans le recit de la Transfiguration, Biblica
38(1958) 281-301
A “Noite Obscura”
Textos da Escritura:
Gn 15, 1-18 a promessa a Abraão e
a prova do tempo
Gn 22, 1-19 o sacrifício de Isaac
Gn 32,8- 30
Jacó teve grande medo e sentiu-se
angustiado – luta com o anjo
Gn 37, 28 José vendido por seus
irmão (42,21 a aflição por que então passou)
Gn 39,20 ss José na prisão
Gn 43,14 o sofrimento da renúncia
de Jacó à partida de Benjamin
Ex 2,13 Moisés teve medo, o Faraó
procurava matá-lo e ele fugiu para oddeserto
Ex 4,24-26 Antes de iniciar sua
missão Moisés é terrivelmente provado, “atacado” por Deus: noite, combate,
agonia
Nm 13,1-35 a paixão de Moisés, vê
a terra mas deve morrer no deserto
1Re 19, 3-9 Elias teve mede
e fugiu para salvar sua vida entrando pelo deserto
* BChrI, Gen 15, 15-9-10;
(cf. 2Sm 21 Riçpa permanece junto aos sacrificados filhos de Saul.) : alliance,
sacrifice, exposition des victimes, vautours chassés, le parrallèle est
frappant. La fidélité avec laquelle doit être chassé tout ce qui mordrait sur
son intégrité.
Gn 15,12 o torpor de Abraão (Mc
14,33-34.40). ce rapprochement aide à comprendre qu´il ne ságit pas seulement
d´une “torpeur” pour Abram ou de ne pouvoir s´empêcher de dormir, pour les
Apôtres à Gethsemani comme à la Transfiguration (Lc9,32), mais bien de cette
défaillance surnaturelle qui saisit tout homme à la rencontre de la grandeur de
Dieu, que “nul ne peut voir en cette vie sans mourir”.
cf. D.Barsotti: Il dio di Abramo,
p.218: L´Alliance avec Yahvé produit immédiatement l´angoisse: Dieu conclut
avec l´homme un pacte de sang – s´unir à Dieu, voudra dire pour l´homme être à
la Passion. La mystique d´Abraham est déjà une mystique de la Croix.
L´enseignement de cette page est
vraiment divin. Israel pourra ne pas comprendre, mais le mysterium Crucis est
déjà présent dans les perimières pages de la Genèse dans cette première
“conversion” de l´homme vers le paradis pedu. L´angoisse qui oppresse le coeur
d´Abraham a une origine toute surnaturelle, un careactêre mystérieux. Abraham
tombe dans un profond sommeil: à l´extase joyeuse d`Adam en Éden, corrrespond
l´extase douloureus de celui que Dieu a chosi pour être le nouveau père de ceux
qu´Il veut sauver en les reprenant à la te4rre de malédiction et les appelant à
la Terre Promise. À cette extase d`Abraham – liée à un sacrifice – répondra
l´extase infiniment plus myostérieuse de Jéus, qui meurt en sacrifice sur la
croix. E en cette extase, d´une angoisse infiniment plus grande que celle
d´Abraham, l´Église naître de son cotê percé.
Comme le soleil se couchat, un
profond sommeil tomba sur Agraham. Une angoisse, une obscurité profonde
tombèrent sur lui`: La théophanie de l´Alliance contien les cartactères communs
à toutes les thépphanies vétérotestamentaires (Ex 3,2; 19, 18-20; 1Re 18,38) –
mise à part l´apparition de Mambré qui est unique dans la Sainte Écriture. dieu
passe, et son passage est un passage de feu. Si toute théophanie répète ces
caractères, c´est parce que toute l´hisotoire de la Révélation divine est ce
passage. La création n´est que la matière du sacrifice que Dieu consume en
passant au milieu.
Gen 15,17-18: (cf.Mc 15,33) De
même qu´au v.12 par delà le ph~enomène naturel du coucher de soleirl, il s´agit
de l´obscurité ou des “ténèbres”’ que Jean de la Croix analyse dans “La Nuit obscure”.
C´est dans l´apparente déréliction – “Dieu, mon Dieu, pourquoi m´as-tu
abandonné? “ – condition d´une foi totalement nue, que se rálise l´alliance,
l´union à Dieu et la plus immédiate présence de Dieu. Dans sa Transcendance
absolue en effet, “”Dieu est feu consumant” (Dt 4,24; Is 33,14; Hb
12,18-29); Et l´on comprend pourquoi toute Alliance avec lui implique le
sacrifice d´holocauste (8,20-22). Mais en contreparitie, Dieu s´angage (v.18).”
* Gn 15, 1-12.17 (Mt 7,15-20) Écoute 27/06/79
“Et voilà bien où se trahit
toujours la voix desfaux prophètes: elle nous arrache à cette ins~ecurité
fondamentalae qui est la loir de l`évangile et du royaume: Dieu est un Dieu qui
appelle, qui déracine: “va, quitte ton pays” – qui déconcerte” (Écoute
28/06/72).
“Soyez en garde contre les faux
prophètes” – Il y a dans la bible une tradition prophetique. Mais parallélement
il existe une tradition de faux prophètes qui détournent de Dieu en prétendant
faire faire au croyant l´économie du désert de la foi... (Jésus) compare les
faux prophètes à des reapaces, ce même môt se trouve également dans la 1e.
lecture, et l´image est éclairante. Les rapaces s´opposent à l´alliance
qu´Abraham va conclure avec Dieu, et le père des croyant lutte pour les
écarter, malgré la fatique, la trpeur et la frayeur qui tombent sur lui. Pour
quoi donc Dieu attend-il le soir et le poids du jour pour venir? C´est
seulement “après le coucher du soleil et par d´´paisses ténèbres qu´il vient
conclure l´alliance éternelle. quand on n´en peut plus, c´est à ce moment là
qu´il vient. C´est au moment où la nuit est la plus profonde que la foi est à
son zenit et que l´alliance peut être conclue dans les conditions les plus
favorables. Garder dans la mémoire cette scéne dramatique de la vie du père ces
croyants, c~est se tenir en garde contre les faux prophètes, et cela peut ainsi
nou aider dans les épreuves de la foi les plus dures”.
* George Auzou, Dalla
Servitù al Servizio Il Dt. – Moisés atacado por Deus (Ex 4,24-26). “Se la
tradizione prima, e poi il redattore definitivo del libro dell´Esodo hanno
conservato questo breve texto enigmatico e se esso si trova in un contexto che
há rapporto col ritorno di Mose in Egitto, la sua importanza come il suo
significato globale non sembrano lasciare dubbi: sulla soglia del Egitto, alla
vigilia di incominciare la sua missione Mosè è all´improviso terribilmente
provato da Dio. Nello stesso modo lo era stato Giacobbe al tempo della sua
entrata nella terra santa come erede della promessa fatta ad Abramo (Gn
32,25-32). É lo stesso attacante “che mette en pericolo la vita di colui che
Dio tiene nelle sue mani. Questa irruzione brusca e violenta di Dio
nel´esistenza di Mosè è la prova, la notte, il combatimento, l´agonia”. Mosè ne
deve conoscere l´abbatimento, l´umiliazione, per sapere fino a qual punto la
forza che in sequito l´abiterà non viene da lui, ma da Dio stesso. Forse
l´importanza dell episódio supera la persona de Mosè: come Giacobbe dopo la
lotta divienne “Israel” per tutti i suoi discendenti, Mosè è in qualche modo
battezzato (altro nome della prova Mc 10,39; Lc 12,50), per i suoi (parti
simboliche della madre e del figlio), come il primo rigenerato di un populo
nuovo”.
* Nm 13,1-35 – A paixão de
Moisés. Écoute 03/08/72
“Moïse n´est pas au bout de ses
peines. On aurait pu l´espérer, pourtant: voici le Peuple en vue de la Terre
Promise; encore quelques jours ou qualques semaines et ce devrait être
l´entrée dans ce pays, la fin de l´Exode et, pour Moïse, la victoire de sa
générosité et de sa patience. Et, voila que, à cause du manque de foi des
Hébreux, il faut tourner bride, retourner dans le désert pour une transhumance
interminable. Moïse, chef d´un peuple à faire triomphalement monter d´Egypte en
Canaan, devient conducteur de caravanes, guide de nomades condamnés à tourner
ça et là jusqu´à ce que la mort ait eu raison d`eux. Moïse veillera
durant ces courses sans but défini; ses années passeront à fixer des
itnineraires sans signification et à denouer des palabres sans portée, lui le
prince des armés du Seigneur Sabaoth Dieu d´Israel, capable d´ouvrir la mer
Rouge d´un geste de son bras et, seul parmis les hommes, jugé digne de monter à
la Montagne de Dieu pour voir son Seigneur et connaître sa Loi ! Passion de
Moïse.
* Mt 8, 23-27: “Depois
subiu para a barca e os discípulos acompanharam-no. Levantou-se então, no mar,
uma tempestade tão violenta, que as ondar cobriam a barca; entretanto, Jesus
dormia (Mc 4,35; Lc 8,22). Aproximando-se dele, os discípulos
despertaram-no dizendo-lhe: “Senhor, salva-nos, que perecemos”. Disse-lhes Ele:
“Porque temeis, homens de pouca fé”? ...
Écoute 28/06/77
“Et ses discíples le suivirent”.
Si jamais eux aussi s´étaient fait illusion sur ce qui signifiait cette marche
à la suite du Christ, l´illusion allait être de courte durée. En un raccourci
saisissant, voici manifestée toute l´histoire de l´Eglise, et l´histoire de
chaque vie chrétienne. Car ce Dieu présent parmis nous n´est pas venu pour
mettre sa puissance à notre disposition, mais pour partager notre condition
humaine jusque dans son impuissance radicale. Jésus dort, Dieu demeure
indifferent, inactif face à cette agitation que menace de l´engloutir lui
même... Et notre peu de foi ne peut supporter le déchaînement des forces du
Mal. Nous n´avons même plus la possibilité de réveiller le Christ ! Nous
oublions ce résumé vangelique de l´Histoire: Dieu qui a tellement lié son sort
au nôtre, qui non seulement a été balloté par la tempête mais est descendu
jusqu´au fond du gouffre de la détrèsse humaine. Il s´est laissé engloutir,
Lui, la Puissance de la Vie, afin qu´au coeur même de notre désespoir nous
soyons sûr de pouvoir Le trouver, remportant par sa passion et sa réssurection
la victoire sur les tenèbres de la mort. C´est à l´heure où tout espoir humain
apparaît comme dérisoire que se manifeste le calme infini de la Force divine...
Tant que nous n´avons pas fait personnellement l´expérience de l´abandon – de
la mort de Dieu – pouvons nous dire que nous savons ce qu´est l´Espérance
chrétienne ? Seigneur, nous ne te demandons pas de nous liberer
miraculeusement de toutes nos craintes, mais de croire que Tu est là, Toi le
Vivant”.
*
Jr 28, 1-17: (as falsas
profecias de Ananias e a resposta de Jeremias)
Écoute (2ªfeira, 18
semana TC) ?
“Deux prophètes – c´est le
prophète de malheur qui a raison; le prophète du bonheur véritable. Il n´est
pas dans l´absence pure et simple de souffrance, l´évitement constant detoute
circonstance douloureuse ou dramatique. Le chemin du bonheur passe par le jour
de Nabuchodonosor: certains espaces spirituels ne peuvent être semplis s´ils ne
sont d´abord creusés. Par l´amour, par la mort, par les deux à la foi. Par
l´échec aussi et l´impasse. Par les suites de l´infidélité, la douleur des
tentations. Le bonheur ne consiste pas à couler ses journées protegées et
irresponsables. Il vient de l´expiation , du risque, du joug. Car, tout cela
engendre la demande, le don, la lutte, l´amour. Qui nous donnera de ne pas
désirer vivre à trop bon marché, de savoir entendre des paroles dures, de
passerr par des événements éprouvantes, parce que tout cela aussi est vie ?
Qui, sinon l´Esprit de l´alliance
Mt 14,13-21 (multiplicação dos
pães)
“Dans un lieu désert -
pourtant il y a là des milliers d´homme, de femmes et d´enfants. Le désert n´st
donc pas.... mais où on ne se trouvent ni habitations, ni possibilité de se
nourrir, c´est à dire, où il faut faire confiance à Dieu en tout.
Toutes les épreuves qui nous
détachent peu à peu des fausses nourritures, sont des “miracles de soustraction”
des pains, nous prédisposant à nous presenter à jeûne devant Lui. Avons nous
souvent pensé, à ce propos, que le jeûne, quelle que soit sa forme, revêt une
signification symbolique en rapport avec le repas eucharistique?
* Jo 8,21-30: “quando for exaltado
... então conhecereis que Eu sou”
“Alors ce n´est que dans la mort
de Jésus qu´il nous est donné de le connaître vraiment, de Le reconnaître comme
Dieu. Et cete mort, il nous faut la connaître d´expérience, y entrer dans la
prière, dans notre vie, dans nos rélations quotidienne avec les hommes, dans
tous les actes de nos journées. Alors, au delà de nos imaginations, de nos
projections d´un dieu imaginaire, un genre d´idole que nous avons inventé, nous
apprendrons à connaître le vrai visage du Fils, Icône de son Père, qui ne se
révèle pas par de grans discours, mais en venant nous chercher autrefonds de
notre pauvreté de créatures péchereusses, si nous voulons bien L´y accueillir.
Que Dieu nous manifeste sa gloire
et nous glorifie et c´est tou un – à l´instant même où, abandonné de tous et de
son Père même, il attent au plus profond de l´âbime de la détresse humaine,
celle de l´absence même de Dieu – mystère insondable ! – voilà ce qu´aucune
sagese humaine n´aurait pu nous dire et le modèle unique sur lequel il faut
désormais configurer notre vie. Dieu seul peut nous le faire comprendre, et
pour cela il nou faut faire silence (RB 42), silence d´accueil de la Parole qui
nous ne pouvons entendre que dans la communion, dans la communauté de nos
frères, image et déjà présence de la Communauté divine”.
* Jo 20, 1-8: “Ele viiu e
acreditou...”
Écoute 27.12.72
“Il vit, mais il ne vit pas
Jésus. Rien n´était clair de ce qu´il voyait: rien d´autre que les traces des
vestiges de la présence – faut il dire plutôt de l´absence ? – de Celui qu´il
aimait... Ainsi en est il pour chacun de nous. Expérimentalement,
scientifiquement parlant comme nous disons, nous ne pouvons constater, toucher
que le vide du tombeau, une absence plus totale que la présence d´un mort. Ce sépulcre
est bien l´image de nos existences où les traits de lumière sont si brefs et
sans lendemain, long tunnel parfois où nous cheminons, sans autre réponse d´en
haut que la terrible et implacable réalité: le tombeau est bien vide... Mais
pour celui qui un jour a rencontré Jésus, s´est approché de Lui, a découvert
son coeur, et a cru à l´amour, sur la sombre paroi de l´absernce apparaissent
des vestiges, des empreintes de l´invisible Présence – quelque chose que l´on
ne sauraît définir, mais qui attire le désir et transforme l´existence en une
course semblable à celle de Pierre et de Jean. Au soir de cette vie c´est sur
notre amour que nous serons jugés; et à la mesure de notre désir de Lui (qui se
creuse dans la patience et dans l´absence) que nous Le reconnaîtrons et qu´il
nous reconnaîtra”.
* Jo 12, 24-26: (se o grão de
trigo que cai na terra não morre...) Festa de São Lourenço.
Écoute, 10.08.85
“Quelques jours avant Pâques”. En
la fête de Saint Laurent martyr, l´évangile choisi est tout naturellement (il
vaudrait mieux dire tout surnaturellement) celui du grain qui tombe en terre,
meurt et porte de fruit. Le diacre Laurent est l´un des premiers d´une liste à
la fois tragique et joyeuse très longue, qui s´allonge sans cesse et ne sera
close qu´à la fin du monde, on peut le présumer. Quant on pense à ces hommes,
ces femmes dont le courage n´a pas été le seul fait de mourir, mais, dans
beaucoup de cas, de supporter les tortures le plus effroyable – Laurent aurait
été rôti sur un lit de fer en forme de gril – on se demande quelle force les a
soutenus. C´est peut-être pour répondre à l´avance à cette question que Jean,
dans ce passage d´évangile où le martyre est présent comme en filigrane,
commence par faire allusion à la Pâque. “Quelques jours avant la Pâque”;
écrit-il. Tous ces mots portent, et ils permettent de porter le poids des
souffrances les plus lourdes pour le Christ et pour son Église. “Quelque
jours”. Expression qui rappelle que tout passe ici-bas, même les seconds qui
durent des siècles.
“Avant”. Ces quelques jours ne
sont pas fermés sur eux-mêmes, ils attendent un événement qui, lui, sera
éternel: la Pâque. “Quelque jours avant la Pâque...” Celui qui s´imprègne de la
réalité que ces quelques mots suggèrent aura le courage comme Laurent, de
devenir le grain qui tombe en terre, et meurt pour porter un fruit qui
demeure”.
* Is 41,13-20: “Porque eu, o
Senhor teu Deus, tomo-te pela mão, e digo-te: “nada temas, eu venho em teu
auxílio”..
Écouote, 13.12.73
“Ne crains pas. Ou bien nous nous
berçons dans une fausse sécurité, ou bien nous nous laissons abattre par les
difficultés. Il n´y a plus alors que nos problèmes et nos épreuves, et le poids
terrible de la solitude. Les hommes sont impuissants à nous secourir. dieu même
se tait. Notre vie est devenue comme un désert san eau. Nous nous demandons si
nous allons pouvoir tenir, si nous n´allons pas tout lkâcher de ce qui jusqu´à
présent donnait un sens à notre vie: la foi, la “pratique”, le découement aux
autres.
Hereux sommes-nous si, à cette
heure de détresse, nous sabons entendre, au delà de tout bruit, et de toute
parole humaine, la voix de Celui qui nous dit: “Ne crains pas, je suis avec
toi. J´ai besoin de toi. Et c´est pour cela qu´a travers les vicissitudes de ta
vie présente, je te mène au desert. Pour redonner l´espérance aux autres, il
faut toi-même lâcher prise à toute sécurité trop humaine et acc~eder ainsi à
l´esperance. Quand tu auras lâché prise, je pourrai “saisisr ta main droite”.
Heureux est-tu si tu te sens petit, pauvre, assoiffé d´autre chose que de ce
que peuçt donner le monde. Je veux t´apprendre à ne pas lâcher ma main. Redis
seulement: “Mon Dieu, viens à mon aide !” ou “Jésus, Sauverur, aie pitié de moi
pécheur !”. Alors de ta vie obscure jaillit déjà la source d´eau vive. Car il
te faut libérer l´Esprit d´Amour qui t´a été donné. Si petit que tu sois, tu es
déjà dans le Royaume; ou plutôt, le Royaume est en toi”.
* Jo 11,1-46 (Jesus permanece
mais dois dias na Galiléia sabendo que Lázaro está enfermo) 5º domingo
da Quaresma A.
Écoute, 19.05.1972
“Dieu va s´enfoncer tellement
profendement dans la souffrance et dans la mort pour prendre en lui toute
souffrance et toute mort... Ces larmes de Jésus, ces larmes de Dieu devenu
homme, comme son agonie et sa mort qu´elles annoncent, sont la seule réponse à
la question insorable qui posent toutes nos larmes, toutes nos agonies et
toutes nos morts, depuis celle du premier homme jusqu´à celle du dernier
vivant”.
* Os sofrimentos e as provações
da “noite” da fé: Padres, Teólogos e Autores espirituais.
Besnard, Vie et
combats de la foi, p.58
“Mais, pas plus qu´il n´y a de
nuit échappant à l´illumination de Dieu, in n´y a d´impasse que ne puissent
dépasser ceux qui ont foi en lui. Car la pire impasse, c´est d´être réduit à
son miserable soi-même et à l´échec et à la mort: or Dieu, de la mort
tire la vie; de ce qui n´est plus, crée ce qui est; et d´une créature miserable
fait son propre heritier.
Abaham redescend de Morya ver la
plaine et la vie quotidienne, tenant Isaac par la main, et apparemment rien
n´est changé, aucun char de feu ne l´a emporté, ancune nuée ne l´a transfiguré
mais par la foi il a été transfiguré et emporté mieux que par une nouée ou une
flame et par la foi il est devenu autre. En montant sur la montagne,
s´est à Isaac qu´il pensait le plus intensement, mais en redescent de la
montagne, c´est à ce Dieu vivant qui en lui rendant Isaac le lui a rendu
comme une signe ineffaçable de sa bonté mystérieuse, le lui a rendu comme une
meilleure révélation de son visage. Abraham est devenu lui même, montagne et
ciel, autel et sacrifice, adoration et action de grâces: ces mots sacrés
définissent à la façon de jalons rigoureux le dépassement du croyant le seul
dépassement qui dépasse vraiment et aboutisse.”
*H. Urs von Balthasar – a
necessária experiência da solidão
“Não há, na terra, comunhão
alguma da fé que não brote da derradeira solidão da morte da cruz. O batismo,
que mergulha o cristão na água, o corta, a semelhança da morte, de toda
comunicação, para levá-lo à verdadeira fonte em que esta começa. O que
quer dizer que a própria fé, em sua origem, se põe necessariamente face a face
com o abandono do Crucificado por parte de Deus e do mundo . Necessariamente
pouco importa que o principiante na fé perceba, clara ou tenuamente essa
solidão...
Abraão vem à fé como radicalmente
só. Está só com relação a Sara e logo, também, com relação a Isaac. Moisés tem
de caminhar só, diante do invisível da nuvem de gloria sobre o monte. Elias se
encontrará assim, após ter desejado a morte e andado 40 dias até o Horeb, para
dizer q Deus: “Fiquei só e agora atentam contra a minha vida”. Os grandes
profetas da Escritura recebem sua missão solitários diante de Deus, numa visão
que interrompe toda comunicação humana. A mãe de Deus é acolhida numa solidão
espantosa e só após ter conhecido e acetado seu destino, que a isola
ilimitadamente, é mandada à casa de Isabel e ao trato com os homens. Paulo também
é chamado na solidão, depois que o fogo de Deus o feriu com cegueira para todo
ser humano. E tudo o que se fez de fecundo na Igreja saiu da obscuridade da
grande solidão, à luz da comunidade...
Só como indivíduo o cristão pode
ser chamado para a Igreja e, na Igreja, para o mundo; como solitário, que, no
momento do chamado, não pode ser apoiado visivelmente por ninguém. Ninguém lhe
tira a responsabilidade de assentimento, ninguém lhe tira a metade da carga que
Deus lhe lança em cima. Se é certo que Deus pode juntar missões, também o é que
cada enviado tem, antes, de aparecer só diante de Deus. E ninguém pode ser
enviado sem, antes, ter confiado tudo a Deus, sem reservas e livremente, como
um moribundo forçosamente o tem de fazer.
Uma missão cristã só pode surgir,
em absoluto, quando se ofereceu e se doou fundamentalmente tudo; quando, sem
reserva, da parte do crente, Deus pode escolher nele o que lhe agrada. Só desse
encontro com o Deus moribundo ode sair de uma existência ser fé, algum fruto
cristão. Esse fruto é sempre de amor, mas fundado na doação de si mesmo...
“Se o grão de trigo, na terra,
não morrer, fica só; mas se morrer, dá muito fruto”. E como esse “muito fruto”
não corresponde, em nada, a leis biológicas ou de propagandas psicológicas, mas
é dado por Deus ao homem, de uma vez para sempre, no batismo, pela fé e,
ressuscitado pela virtude de Deus, ~e fruto de vida eterna, na temporalidade. A
Igreja primitiva o sabia muito bem, quando atribuía praticamente aos mártir uma
fecundidade sobrenatural.
“O cristão na hora decisiva”,
Ed.Paulinas, p.26-29
* H.U.von Balthasar, Las
ausencias de Jesus. Seleciones de Teologia, 49(1972) p.312-317.
“Deus – presente e ausente do
mundo – mistério para o homem.
312 “Na medida em que Deus tem
que estar em todas as coisas para que possam existir, na mesma medida, é também
totalmente diferente delas: quanto mais imanente, tanto mais transcendente. O
difícil é que esta dialética não é fórmula vazia, mas vive na experiência
religiosa.
Filho de Deus, Verbo Encarnado
manifesta o Pai, mas sempre através de todos os elementos dcompreensíveis
resplandece o Deus incompreensível. Só enquanto é Deus transcendente o Filho se
torna imanente nas culturas e as faz presente, mas guardando sempre o caráter
próprio da distância por ausência e partidas cada vez mais acentuadas. Jo
16,28: agora deixo o mundo e vou para o Pai
Jo 16,7: convém que eu vá.
A presença ...de Deus, o Espírito
do Pai e do Filho só pode tornar-se realidade mediante a renúncia à presença
sensível do Filho. A promessa de sua volta se repete Jo 16,3.21.28; 16,16 mas
será uma presença pneumática, que supõe, portanto, a ausência.
Presença de Jesus, na sua vida
Ele se faz realmente presente, sobretudo para os pobres, pecadores.
Ausências de Jesus. A sua vida
está cheia de despedidas e separações, externas e internas.
Afasta-se de seus pais, e
sobretudo de Maria. Igualmente, dos seus discípulos e daqueles que o procuram:
onde está ele? (Jo 7,10). Porque não se o espera como Ele quer dar-se a
comunicação fracassa. A presença que parece impossível se esconde no mistério e
aparece como ausência. Tampouco a fé dos discípulos é suficiente para
reconhecê-lo quando deles se aproxima sobre as águas: Mc 6,49 e Mc 1,35. Ele se
afasta daqueles que o procuram e querem dar-lhe uma posição política Jo 6,15.
Carretar salvífico das ausências
de Jesus.
Em J.o 16,16 temos uma chave para
compreender o caráter de sua existência terrena. A graça torna visível o
invisível. O pecado é recusa de ver e rejeição para a ausência.
Jesus exige maior separação e
ausência daqueles que de um modo ou outro serão suas testemunhas, ex. Pedro,
Tiago e João. Marta e Maria devem passar por esta experiência de ausência, e
permanecem na fé (Jesus chora, não pela morte física de Lázaro, mas pela
tragédia íntima de ter que antecipar e repartir eucaristicamente àqueles a quem
tanto ama o abandono de Deus que Ele padecerá na cruz. Maria procura o corpo do
Senhor, ausência sentida e na descoberta do Cristo Ressuscitado deve aceitar
nova distância: não me toques... O Senhor nunca se afasta do que o procura, mas
o caminho do seguimento íntimo de Cristo é o caminho de constante renúncia a
uma posse e um contato imediato.
* O Silêncio de Deus. Besnard, Vie
et combats de la foi, p.137
“Trop souvent nous prétendons que
Dieu se tait, alors que c´est nous qui avons rompu ou égaré le dialogue. Trop
souvent les silences de Dieu ne sont que l´impossibilité où nous nous sommes
mis de l´entendre à cause de l´encombrement de nos écoutes. Trop souvent nous
appelons prière une descente hative et écevelée dans une citerne vide et sans
echo, mais au moment où notre bouche allait exhaler sa plainte, il nous est
arrrivé de rester suspendus, étonnés, honteux, car le bruit d´un murmure léger
parvenait jusqu´à nous: lá juste derrière le paroi l´eau vive était en train de
sortir, elle navait cessé d´y être,, c´est que nous n´y étions pas. Combien de
prétendues sécheresses se sont dissoutes sans une fosée bien faisante par la
seule ouverture de notre âme à la parole de Jésus: “si tusavais le don de Dieu”
(Jo 4,10), par le lent décrispement de notre coeur dans la douce et mafesteuse
mémoire de Dieu et Père de Jésus Christ. c´est vrai des grâces spirituelles
comme des dons temporels: beaucoup d´homme se plaignent de ne pas avoir ce qui
pourtante leur est donné, mais qu´ils ne savent pas voir ou qu´ils ne savent
pas garder. Le Seigneur est parmis nous, mais nous ne l´y reconnaisson pas. Il
faut que Dieu touche l´épaule de Jacob et lui montre une vision pour que celui
ci s´éveille de son somneil et s´écrie: Dieu était ici et je ne le savais pas”
(Gn 28,16).
* Noite Obscura. Paul
Marie de la Croix, L´AT source de Vie Spirituelle.
p. 567s “Tandis que les peuples
paiens et idolâtres privés de la foi au vrai Dieu ne perçoivent que le côté
matériel des épreuves qui les frappent, Iseral découvre leur signification et
leeur portée spirituelles. Sa foi va s´en nourrir, s´y purifier, s´y fortifier.
La foi véritable, voil´pa son héritage. Pour entrer en posssession, il lui
faudra suivre d´abord un chemin aride, traverser une nuit profonde. Il devra se
laisser totalement saiser et mouvoir par l´Esprit et, dans l´ignorance des
voies divines, il aura à s´enfoncer dnas l´inconnu. DDure et laborieuse
pérégrination. Au sortir de l´Egypote, Israel ne pense qu´à conquérir son
indépendance et à assurer sa prosperité. Sa foi est reelle mais ne connît pas
encore l´approndissement de l´obscuirité. Aussi l´épreuve viendra, terrible !
568 Dans le désert, le peuple
n´érrait qu´en apparence. En fait, il fut sans cesse conduit par Yahveh. Mais
seul les hommes de foi en prirent conscience.
570 “A ceux qui accpten de suivre
une telle route, les sécours et l´assistance de Dieu sont assurés. Sans crainte
leur âme peut s´appuyer sur cette présence cachée bien qu´elle les laisse dans
l´obscurité de la foi, une colonne lumineuse les quide sur le chemin de la vie.
* Jean Leclercq, osb “Silence
et Parole dans l´expérience spirituelle d´hier et d´aujourd´hui, CollCist
45(1983) 185-198
* Noite Obscura de São
Paulo
TOB AT 9, 30: “Os
irmãos ficando sabendo (que procuravam matar Paulo) conduziram-no a Cesaréia e
daí o fizeram partir para Tarso.
Nota w= Cidade natal de Paulo, na
Cilícia (22,3) onde ele vai permanecer muitos anos (cf. f11,25; Gl f1,21)
antes que At 11,25: Barnabé
partiu então para Tarso para aí procurar Saulo
Nota s= A narrativa o havia
deixado em Tarso (9,30) Segundo Gl 1,18; 2,1 esse desaparecimento de Paulo
poderia ter durado perto de dez anos. A iniciativa de Barnabé vai permitir a
Paulo de começar a cumprir sua missão de enviado aos pagãos (9,15). com efeito,
se Paulo houvesse se dedicado aos pagãos, por esse tempo, os Atos o teriam
referido.
Beda Rigaux, Les Epitres de
St.Paul, apresenta uma possível cronologia, calculando a estadia em Tarso de 7
a 10 anos.
Em At 9,15-16 já
estava anunciada, de certo modo, a necessária provação de Paulo, para
prepará-lo para a missão da pregação do Reino.: “Mas o Senhor lhe disse (a
Ananias): “Vai, porque este homem é um instrumento que eu escolhi para divulgar
o meu nome diante das nações pagãs, dos reis e Israelitas. Eu mesmo lhe
mostrarei, com efeito, tudo o que ele deverá sofrer pelo meu nome”.
Comentário de Barsotti, em Atos,
p.226s “Essas palavras são as mais importantes desse capítulo. Se o argumento
fundamental do Livro é a expansão da Igreja, elas revelam a imprtância da
conversão de Saulo, que foi o instruimento eleito para essa expansão e nos
mostram, como, mais que a pregação, podem ser eficazes para a missão
apostólica, o sofrimento. O apóstolo continua a missão de Cristo, continuando,
de algum modo, a sua própria paixão. A eleição divina é demonstrada pelo fato
de Paulo ter sido destinado a um martírio Deus salva o mundo através da
palavra, salvo o mundo atravé dos sacramentos, mas palavras, sacramentos e
orações encontram a sua eficácia suprema na cruz. A economia da salvação não
passa por outro caminho que aquele pelo qual passou Jesus.”
* Noite obscura de São
Paulo, Divo Barsotti, Meditazione su gli Atti degli Apostoli, p. 267 “Este
Saulo que parecia capaz de arruinar todo o mundo está agora como aprisionado no
silêncio, não exerce mais nenhum função e ninguém mais se recorda dele. O
apostolado de Paulo durará um pouco mais de dez anos, talvez do ano 48 ao 58;
depois, aprisionado em correntes, é conduzido a Roma.
Os primeiros dez anos depois da
sua conversão como foram vividos por ele ? Terá ele sentido uma desilusão ? O
fato de não ter sido acolhido, ter encontrado tanta resistência, na Igreja,
contra o seu trabalho, terá sido motivo de desânimo?
Saulo certamente, não era um
caráter fácil. É odiado pelos judeus que desejam a sua morte e os próprios
cristãos não desejam muito a sua presença; uns e outros o forçam a permanecer
na solidão. Para pertencer a Deus teve que sentir-se sem pátria, sem família,
não mais amado e apoiado por ninguém.
É importante meditar ainda sobre
o que os Atos nada falam. Pensemos no heroísmo desse homem tão vivo e dinâmico,
mas que deve viver agora na solidão, no silêncio, na inação, por anos e anos,
sem qualquer raio de luz! Havia recebido admiráveis manifestações do poder e da
bondade divina, o Cristo pessoalmente lhe havia aparecido e o escolhera para um
grande missão; depois, desaparece e a Comunidade parece não ter mais nenhuma
notícia dele e até mesmo Deus parece tê-lo esquecido. O Cristo que o havia
tomado consigo, agora se distancia e o deixa só.
Deus pede esta fé; na medida que
Deus chama para grandes missões, o homem deve viver em uma expectativa humilde
e pura, sem nada poder fazer para sair, porque qualquer atitude poderia
comprometer a realização dos desígnios divinos. Deus age no silêncio e parece
até querer destruir o instrumento de que deseja servir-se. Deus não tinha
necessidade da grandeza de Saulo, tinha necessidade do seu silêncio; não tinha
necessidade das qualidades de Saulo, tinha necessidade dessa fé humilde e
terrível que agora lhe era pedida; nessa sua inação Deus tinha necessidade que
Saulo se entregasse totalmente a Ele, sem ter mais nenhuma confiança em seus
próprios meios.
271 Para
a realização da missão para a qual Deus nos chama, parece ser necessário
um lentíssimo amadurecimento, no silêncio e na umidade. Pode parecer-nos
que a própria vida não tenha mais sentido, e no entanto, algumas vezes, são os
últimos instantes que podem trazer de volta a luz para toda uma passada
existência. Deus parecia ter-te condenado à incompreensão, ao silêncio, à
inutilidade, e eis que, em um momento, a tua refloresce no último momento: no
momento que vai conclui-la, toda a vida se apresenta e adquire o seu
sentido último e pleno.
Assim foi com Saulo.
Acredito realmente que a vida de
Saulo, no seu silêncio e no exílio em Tarso, tenha sido, pelo menos, igualmente
grande como a sua vida ativa nas missões e nas grandes viagens que se seguiram
ao seu forçado silêncio. É tão desconcertante o modo de agir de Deus !
273
Como é misteriosa e desconcertante a ação de Deus ! Como permanecer dócil a
Deus pode exigir de nós uma enorme fé ! Agora vemos tudo com clareza porque não
nos encontramos por dentro dos acontecimentos, mas, quando lá estivermos tudo
nos parecerá escuro, inseguro. Somente Deus sabe para onde Ele nos conduz.
Somente Deus sabe o porque da nossa obediência. Somente Ele sabe qual serviço
lhe deveremos prestar.
É possível que o homem entre nos
caminhos de Deus através de acontecimentos que poderão parecer os mais
insignificantes de sua vida. Á medida que os anos passam aquilo que primeiramente
nos parecia insignificante, torna-se agora determinante e decisivo para o nosso
destino e talvez, os acontecimentos que nos pareciam mais importantes caiam
agora na obscuridade.
* D.Barsotti, Meditazione sul
Libro di Samuele, p.201: [a solidão de David]
“ISm 28, 3-25 – Il passo vuole
dimostrare che Davide ormai era per tutti un senza patria, senza alcun avvenire
in Iserael. Bandito dal suo popolo, braccato dall´odio de l suo re, la
solitudine estrema in cui Davide si reduce è anche quella che prepara la sua
glorificazione, che sarebbe venuta fra poco.
Quando sembra che dio ci
abbandoni, quando sembra che Dio ci abbia assolutamente messo nelle mani di
coloro che vogliono la nostra rovina, quando proprio la prova è più dura,
allora è vicina la salvezza. dio vuole provare fino in fondo coluii che egli há
scelto, vuole conoscere la sua fedeltà. Davide è ora totalmente solo. Inutile
che egli rimanga nel deserto, finché è nella terra di Israele sarà sempre in
pericolo. Per questo egli va daí filistei e sembra voler fare parte del loro
popolo. Il re Achis deve essere certop della sua lealtà; Davide apparterrà alla
nazione nemica a Israel? Egli conserva nel cuore la fedeltà a Dio anche se
sembra che dio lo abbia abbandonato, lasciato senza difesa.
Conviene meditare sulla condotta
di Dio. Egli sceglie coloro che ama, li destina a grandi missioni e li prepara
e li forma attraverso la prova più dura, sprattutto attraverso la solitudine.
Così il Figlio di Dio compirà la missione ricevuta dal Padre nel rifuito del
popolo che ne vuole la morte, nell´abbandono dei discipoli, nell´abbandono
stesso del Padre. È nella sua sollitudine estrema sopra la croce che egli srà
uno con tutti e salverà tutti gli uomini. anche Davide, che è e sarà re, dovrà
vivere solo. È volontà del suo popolo consegnarlo alla morte. Deve lasciare la
sua terra, deve mertersi a servizio dei nemici di Israele. Il più grande re di
Israele deve apparire un rennegato e un traditore, colui che fra poco sarà come
l´ipostasi del popolo di Dio deve apparire un suo nemico.”
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